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Entrevista: Fanzine "Scared of Girls?" - Recife,
PE
A banda é formada por 4 rapazes,
são eles: Gerardo à bateria, Marcelo à guitarra, Igor à voz e Zé Guilherme
ao baixo. O som que eles fazem é meio guitar-emo-pop-trash-indie! Hehehe,
sou péssima em definições musicais, mas digamos que a influência de Sonic
Youth é visível em várias músicas. Recentemente tocaram no Abril Pro Rock
e vão tocar com umas das bandas mais conhecidas do underground (odeio essa
palavra) dos Estados Unidos, Superchunk.
http://supersoniques.bandas.net/
supersoniques@hotmail.com
R. Álvaro da Boa Vista
Maia, 355.
Jd. Atlântico, Olinda-PE.
CEP: 53050/230.
- Descreva em suas palavras o tipo de música que
vocês fazem.
Barulho gratuito e canções de amor.
- Quais são as suas principais influências?
Television, Sonic Youth,
Beatles e Einstuerzende Neubauten.
- Vocês gravaram um EP... têm planos para gravar
outro EP ou um álbum completo?
Sim, estamos nos organizando
para gravar um álbum inteiro e pretendemos entrar em estúdio até mais ou menos
Setembro, Outubro, por aí. Até o momento, deve ser mais uma produção
completamente independente.
- Todos que conhecem a banda em Pernambuco souberam
do pequeno problema que houve no último show de vocês no Downtown Pub, quanto
ao fato de vários menores não terem acesso ao local, porque era só para maiores.
O que vocês têm a dizer quanto a isso?
Que a gente não pode fazer nada. Foi uma restrição imposta pela casa baseada
em casos recentes. A nossa sugestão para eles é que se implantasse alguma
maneira de diferenciar maiores de menores lá dentro. Para compensar, o nosso
próximo show será no Dokas, onde pode entrar todo mundo.
- O que
houve com o som no dia em que vocês tocaram nesse último Abril Pro Rock? Vocês
acharam que o problema prejudicou a energia do show?
Ou o som estava muito alto e desligou automaticamente (alguns PA's tem equipamentos
específicos para evitar saturação), ou queimou alguma coisa, ou alguém desligou
mesmo, por acidente. Por um lado, foi meio desanimador, mas o público ficou
lá, junto do palco, gritando e pedindo pra gente voltar, o que provou que
a gente estava agradando.
- O que vocês acharam de uma banda como a de vocês
tocar no dia mais pesado do festival? Vocês teriam preferido tocar nos outros
dias? Seria difícil encaixar
a gente em qualquer dia, pois a gente nem é pop, nem é regional, nem é pesado,
mas já enfrentamos situações menos favoráveis antes. Acho que o público do
Sábado era o que tinha melhores condições de suportar o nosso som.
- Falando
do A.P.R, o que vocês acharam do festival desse ano? Eu, Zé Guilherme,
particulamente, achei fraco. Fui a todos os APR's, sem exceção, e esse foi
o mais apático.
- Mudando completamente de assunto, o que vocês gostam
de fazer juntos que não seja ensaiar ou tocar (se é que vocês gostam disso)?
Comer, beber, sair, ouvir música, coisas que amigos gostam de fazer.
- Vocês apoiam algum grupo ativista? Vocês tem alguma
forma de protesto? Se sim, o que e por quê?
Não diretamente, somos bastante difusos em relação a participação da banda
em protestos, política e similares. Particularmente, eu discordo das coisas
à minha maneira, e atuo da mesma forma.
- Vocês pensam em fazer uma turnê pelo Brasil?
Sim, mas tocar no Brasil é muito difícil, nem mesmo as cidades grandes oferecem
uma estrutura mínima para artistas independentes, o que tornam as turnês caras
e difíceis de organizar.
Essa entrevista foi respondida
pelo baixista do Supersoniques, Zé Guilherme.